«Todos vimos as imagens horrendas de Bucha e de outras zonas de onde as tropas russas saíram recentemente. Ontem, transmiti ao presidente Zelenskyy as minhas condolências e garanti-lhe o pleno apoio da Comissão Europeia nestes tempos terríveis. Estas atrocidades não podem nem serão deixadas sem resposta. Os autores destes crimes hediondos não podem ficar impunes. A UE criou uma equipa de investigação conjunta com a Ucrânia. A sua missão consiste em recolher provas e investigar crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Ucrânia. (…) É evidente que, tendo em conta os acontecimentos, temos de aumentar ainda mais a nossa pressão. Propomos hoje incrementar as nossas sanções. Torná-las mais vastas e mais duras, para que possam ter um efeito ainda mais profundo na economia russa. Este quinto pacote assenta em seis pilares. Em primeiro lugar, iremos impor uma proibição de importação de carvão proveniente da Rússia, no valor de 4 mil milhões de euros por ano. Isto vai reduzir outra importante fonte de receitas para a Rússia. Segundo: proibição total das transações com quatro dos principais bancos russos, entre os quais o VTB, o segundo maior banco russo. (…) Terceiro: proibição de acesso dos navios russos e dos navios explorados pela Rússia aos portos da UE. (…) Quarto: outras proibições de exportação, no valor de 10 mil milhões de euros, em domínios em que a Rússia é vulnerável. Incluem-se, por exemplo, computadores quânticos e semicondutores avançados, mas também máquinas e equipamentos de transporte. (…) Quinto: novas proibições de importação específicas, no valor de 5,5 mil milhões de euros, para reduzir o fluxo monetário da Rússia e dos seus oligarcas, de produtos que vão da madeira ao cimento, dos produtos da pesca às bebidas alcoólicas. (…) Sexto: Tomamos uma série de medidas muito direcionadas, como uma proibição geral da UE de participação de empresas russas em contratos públicos nos Estados-Membros, ou a exclusão de todo o apoio financeiro, quer europeu quer nacional, a organismos públicos russos. Porque o dinheiro dos contribuintes europeus não deve, de modo algum, ir parar à Rússia. (…)» Está disponível a declaração completa.