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Declarações de Ursula von der Leyen sobre tomada de posse do presidente dos Estados Unidos

Nas suas declarações, classificou a tomada de posse de Joe Biden como uma «mensagem apaziguadora dirigida a uma nação profundamente dividida», mas também como «uma mensagem de esperança para um mundo que espera que os EUA regressem ao círculo dos Estados que partilham as mesmas ideias». A presidente Ursula von der Leyen deixou claro que a liderança UE-EUA é necessária para enfrentar os muitos desafios globais que necessitam de uma cooperação mundial renovada e melhorada. A presidente declarou: «E congratulo-me com o facto de, no primeiro dia — como anunciaram — da nova administração americana, os Estados Unidos voltarem a aderir ao Acordo de Paris. Este será um ponto de partida muito forte para a nossa cooperação renovada.» A Europa aguarda também com expectativa a adesão dos Estados Unidos ao esforço comum de luta contra a pandemia e de assegurar as vacinas para os países com rendimentos baixos e médios. Recordando as imagens chocantes do assalto ao Capitólio, a presidente Ursula von der Leyen alertou para o facto de algumas pessoas na Europa poderem ter sentimentos semelhantes e apelou à adoção de medidas para evitar a propagação de mensagens de ódio e desinformação: «Devemos olhar para estas imagens dos EUA como um aviso preocupante. Apesar da nossa profunda confiança na democracia europeia, não estamos imunes a eventos deste tipo. Também na Europa há pessoas que se sentem desfavorecidas, que estão muito zangadas. Temos de procurar resolver as preocupações e os problemas de cada um dos nossos cidadãos, que receiam — o que é muito compreensível —ficar para trás em termos económicos por causa da pandemia. Temos de impor limites democráticos ao poder político desenfreado e descontrolado dos gigantes da Internet.» A presidente sublinhou a importância da inovação e das oportunidades das tecnologias modernas neste contexto, o que, no entanto, «não deve nunca significar que outros decidam de que forma vivemos as nossas vidas». Referiu, nomeadamente, o Regulamento Serviços Digitais e o Regulamento Mercados Digitais, recentemente apresentados, que assegurarão que o poder das grandes plataformas sobre o debate público esteja sujeito a princípios claros e a um dever de transparência e responsabilização; que os direitos fundamentais dos utilizadores estejam protegidos; e que existam condições de concorrência equitativas para as empresas digitais inovadoras. Falando no hemiciclo de Bruxelas esta manhã, Ursula von der Leyen apresentou uma proposta à nova administração dos EUA para definir uma abordagem global comum: «Juntos podemos criar um conjunto de regras para a economia digital que seja válido em todo o mundo: desde a proteção dos dados e da privacidade até à segurança das infraestruturas críticas. Um conjunto de regras baseadas nos nossos valores: direitos humanos e pluralismo, inclusão e proteção da vida privada.» O discurso pode ser visto no canal EbS e lido em inglês, francês, alemão e na versão original.

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Nas suas declarações, classificou a tomada de posse de Joe Biden como uma «mensagem apaziguadora dirigida a uma nação profundamente dividida», mas também como «uma mensagem de esperança para um mundo que espera que os EUA regressem ao círculo dos Estados que partilham as mesmas ideias». A presidente Ursula von der Leyen deixou claro que a liderança UE-EUA é necessária para enfrentar os muitos desafios globais que necessitam de uma cooperação mundial renovada e melhorada. A presidente declarou: «E congratulo-me com o facto de, no primeiro dia — como anunciaram — da nova administração americana, os Estados Unidos voltarem a aderir ao Acordo de Paris. Este será um ponto de partida muito forte para a nossa cooperação renovada.» A Europa aguarda também com expectativa a adesão dos Estados Unidos ao esforço comum de luta contra a pandemia e de assegurar as vacinas para os países com rendimentos baixos e médios. Recordando as imagens chocantes do assalto ao Capitólio, a presidente Ursula von der Leyen alertou para o facto de algumas pessoas na Europa poderem ter sentimentos semelhantes e apelou à adoção de medidas para evitar a propagação de mensagens de ódio e desinformação: «Devemos olhar para estas imagens dos EUA como um aviso preocupante. Apesar da nossa profunda confiança na democracia europeia, não estamos imunes a eventos deste tipo. Também na Europa há pessoas que se sentem desfavorecidas, que estão muito zangadas. Temos de procurar resolver as preocupações e os problemas de cada um dos nossos cidadãos, que receiam — o que é muito compreensível —ficar para trás em termos económicos por causa da pandemia. Temos de impor limites democráticos ao poder político desenfreado e descontrolado dos gigantes da Internet.» A presidente sublinhou a importância da inovação e das oportunidades das tecnologias modernas neste contexto, o que, no entanto, «não deve nunca significar que outros decidam de que forma vivemos as nossas vidas». Referiu, nomeadamente, o Regulamento Serviços Digitais e o Regulamento Mercados Digitais, recentemente apresentados, que assegurarão que o poder das grandes plataformas sobre o debate público esteja sujeito a princípios claros e a um dever de transparência e responsabilização; que os direitos fundamentais dos utilizadores estejam protegidos; e que existam condições de concorrência equitativas para as empresas digitais inovadoras. Falando no hemiciclo de Bruxelas esta manhã, Ursula von der Leyen apresentou uma proposta à nova administração dos EUA para definir uma abordagem global comum: «Juntos podemos criar um conjunto de regras para a economia digital que seja válido em todo o mundo: desde a proteção dos dados e da privacidade até à segurança das infraestruturas críticas. Um conjunto de regras baseadas nos nossos valores: direitos humanos e pluralismo, inclusão e proteção da vida privada.» O discurso pode ser visto no canal EbS e lido em inglês, francês, alemão e na versão original.

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