Na sequência do seu encontro em Washington a 25 de julho, os presidentes Juncker e Trump emitiram uma declaração conjunta UE-EUA, na qual as duas partes acordaram intensificar as trocas comerciais em vários setores e produtos, nomeadamente soja.
Com vista a acompanhar a evolução do comércio de soja, o presidente Juncker criou um mecanismo de informação, segundo o qual as importações provenientes dos Estados Unidos aumentaram 133 %, em comparação com o mesmo período do último ano (entre julho e meados de setembro de 2017).
O Comissário responsável pela Agricultura, Phil Hogan, declarou: «Congratulo-me com os mais recentes dados sobre o comércio, que mostram que estamos a concretizar o compromisso assumido pelos presidentes Juncker e Trump no sentido de aumentar as trocas comerciais, especialmente no que diz respeito à soja. Esta situação reflete tanto a longevidade das nossas relações comerciais como o potencial para alcançar muito mais, ao trabalharmos em conjunto para aprofundar essa relação.»
Os dados atuais mostram que as importações de soja dos EUA para a UE têm vindo a aumentar continuamente ao longo das últimas semanas:
- Em comparação com as 12 primeiras semanas da campanha de comercialização de 2017 (de julho a meados de setembro), as importações para a UE de soja proveniente dos Estados Unidos registam um aumento de 133 %, alcançando 1 473 749 toneladas. Aquando da publicação do primeiro relatório, em 1 de agosto de 2018, que abrangeu as primeiras cinco semanas da campanha de comercialização em curso, as importações ascenderam a 360 000 toneladas, o que corresponde a um aumento de 280 %, numa base anual;
- Em termos do total de importações de soja para a UE, a quota dos EUA é agora de 52 %, em comparação com 25 % no mesmo período do último ano. Esta situação coloca os EUA à frente do Brasil (40 %), o segundo fornecedor da UE, seguidos pelo Canadá (2,3 %), o Paraguai (2,3 %) e o Uruguai (1,7 %).
Contexto
Atualmente, a UE importa cerca de 14 milhões de toneladas de soja por ano como fonte de proteínas para alimentação animal, incluindo galinhas, suínos e bovinos, bem como para a produção de leite. Graças aos seus preços competitivos, a soja proveniente dos EUA constitui uma opção de alimentação animal muito atrativa para os importadores e utilizadores europeus.
Os dados incluídos no relatório sobre a soja que foi hoje publicado provêm do Observatório do Mercado das Culturas, que a Comissão Europeia lançou em julho de 2017, a fim de partilhar dados e análises de curto prazo sobre o mercado, garantindo uma maior transparência.