Hoje de manhã, a presidente Ursula von der Leyen proferiu um discurso na Semana da Agenda de Davos 2021, numa sessão virtual sobre o «Estado do Mundo». A presidente frisou que «temos de aprender com esta crise», e sublinhou: «Falámos muito sobre a ligação entre a perda de biodiversidade e a COVID. Agora temos de passar à ação. Aqui, na Europa, vamos proteger, pelo menos, 30 % da terra e do mar. Estamos dispostos a mediar a mesma ambição a nível mundial, na próxima Cimeira das Nações Unidas sobre a Biodiversidade, em Kunming. Terá de ser como na COP21 para o clima. Porque precisamos de um acordo como o de Paris para a biodiversidade». Falando sobre a digitalização e o ataque ao Capitólio, Ursula von der Leyen declarou: «Temos de nos debruçar sobre as partes mais sombrias do mundo digital. A nossa democracia tem de ser acarinhada todos os dias e temos de defender as nossas instituições contra o poder corrosivo do discurso de ódio, da desinformação, das notícias falsas e do incitamento à violência.» Acerca do modelo de negócio das plataformas em linha, a presidente referiu: «Tem impacto não só na concorrência livre e leal, mas também nas nossas democracias, na nossa segurança e na qualidade da nossa informação. Temos de refrear este imenso poder das grandes empresas digitais. Queremos que fique claramente estabelecido que as empresas da Internet assumem a responsabilidade pela forma como divulgam, promovem e removem conteúdos.» Falando para participantes de todo o mundo, Ursula von der Leyen recordou a proeza que foi produzir a primeira vacina contra a COVID-19 em apenas alguns meses. Agora, afirmou, chegou o momento de apresentar resultados: «A Europa investiu milhares de milhões de euros para ajudar a desenvolver as primeiras vacinas contra a COVID-19 a nível mundial. Para criar um bem comum verdadeiramente universal. Agora, é o momento de as empresas cumprirem as suas obrigações. Devem honrar os seus compromissos. É por isso que criaremos um mecanismo de transparência das exportações de vacinas. A Europa está determinada em contribuir.» A presidente apelou a novas alianças entre parceiros públicos e privados para fazer face aos muitos desafios globais que enfrentamos: «Só trabalhando em conjunto — além-fronteiras e entre setores — é que podemos enfrentar os nossos desafios globais. Nenhuma empresa privada ou autoridade pública pode fazê-lo sozinha. Precisamos desta nova abordagem público-privada para detetar mais cedo, desenvolver em conjunto e produzir mais rapidamente em grande escala. Isto não se aplica apenas às pandemias ou à saúde. É verdade para todos os grandes desafios societais. Novas alianças para novas soluções. É por isso que vamos trabalhar». O discurso completo pode ser lido aqui e visto aqui.