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Presidente Ursula von der Leyen na sessão plenária do Parlamento Europeu

Como sociedade, temos de enfrentar a realidade. Precisamos de lutar sem tréguas contra o racismo e a discriminação. A discriminação que é visível, evidentemente, mas também o racismo e a discriminação mais subtis — os nossos preconceitos inconscientes.

Isto não é trabalho para uma política setorial, para uma única pessoa, ou para um único comissário. É por essa razão que estou aqui, na qualidade de presidente da Comissão Europeia. Quero chegar até ao fundo desta questão. Na próxima semana, teremos um debate estruturado sobre o racismo no Colégio de Comissários.

Olhemos à nossa volta, aqui, neste mesmo hemiciclo. A diversidade da nossa sociedade não está representada. E serei a primeiro a admiti-lo, a situação não é melhor no Colégio de Comissários, nem entre o pessoal da Comissão Europeia.

É por isso que digo: temos de falar sobre o racismo. E temos de agir. É sempre possível mudar de direção se houver vontade para o fazer. Temos de falar sobre o racismo com um espírito aberto.

A boa notícia é: não partimos do zero. Na União Europeia, a discriminação é proibida ao mais alto nível legal possível: refiro-me ao nosso Tratado e à nossa Carta dos Direitos Fundamentais. Tanto por motivos de raça como de origem étnica. Também dispomos de legislação europeia contra o racismo, a discriminação étnica e o discurso de ódio:

  • a nossa Diretiva relativa à igualdade racial,
  • a nossa Decisão-Quadro relativa à luta contra as formas de expressão do racismo e da xenofobia,

para citar apenas alguns exemplos.

Dispomos de instrumentos de cooperação que envolvem peritos de todos os Estados-Membros, um Grupo de Alto Nível sobre a luta contra o racismo, a xenofobia e outras formas de intolerância, bem como uma rede europeia de organismos para a igualdade. Mais uma vez, para citar apenas alguns. E temos fundos europeus. Mas precisamos de nos esforçar mais.

Estou contente por viver numa sociedade que condena o racismo. Mas não deveríamos ficar por aqui.

Se nos depararmos com o racismo, temos de dar o alarme e agir imediatamente. E temos de estar cientes de que a vigilância e a consciencialização começam a uma pequena escala.

A consciencialização inclui examinarmo-nos a nós próprios.

A consciencialização inclui a denúncia em caso de discriminação.

E a consciencialização inclui pôr em causa privilégios que damos por garantidos, quando é tudo o contrário.

O lema da nossa União Europeia é: «Unidos na diversidade». A nossa tarefa é respeitar estas palavras e cumprir o seu significado. É por isso que aguardo com expectativa ouvir o que têm a dizer. Por uma Europa melhor.

Leia aqui o discurso na íntegra.

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Presidente Ursula von der Leyen na sessão plenária do Parlamento Europeu

Como sociedade, temos de enfrentar a realidade. Precisamos de lutar sem tréguas contra o racismo e a discriminação. A discriminação que é visível, evidentemente, mas também o racismo e a discriminação mais subtis — os nossos preconceitos inconscientes.

Isto não é trabalho para uma política setorial, para uma única pessoa, ou para um único comissário. É por essa razão que estou aqui, na qualidade de presidente da Comissão Europeia. Quero chegar até ao fundo desta questão. Na próxima semana, teremos um debate estruturado sobre o racismo no Colégio de Comissários.

Olhemos à nossa volta, aqui, neste mesmo hemiciclo. A diversidade da nossa sociedade não está representada. E serei a primeiro a admiti-lo, a situação não é melhor no Colégio de Comissários, nem entre o pessoal da Comissão Europeia.

É por isso que digo: temos de falar sobre o racismo. E temos de agir. É sempre possível mudar de direção se houver vontade para o fazer. Temos de falar sobre o racismo com um espírito aberto.

A boa notícia é: não partimos do zero. Na União Europeia, a discriminação é proibida ao mais alto nível legal possível: refiro-me ao nosso Tratado e à nossa Carta dos Direitos Fundamentais. Tanto por motivos de raça como de origem étnica. Também dispomos de legislação europeia contra o racismo, a discriminação étnica e o discurso de ódio:

  • a nossa Diretiva relativa à igualdade racial,
  • a nossa Decisão-Quadro relativa à luta contra as formas de expressão do racismo e da xenofobia,

para citar apenas alguns exemplos.

Dispomos de instrumentos de cooperação que envolvem peritos de todos os Estados-Membros, um Grupo de Alto Nível sobre a luta contra o racismo, a xenofobia e outras formas de intolerância, bem como uma rede europeia de organismos para a igualdade. Mais uma vez, para citar apenas alguns. E temos fundos europeus. Mas precisamos de nos esforçar mais.

Estou contente por viver numa sociedade que condena o racismo. Mas não deveríamos ficar por aqui.

Se nos depararmos com o racismo, temos de dar o alarme e agir imediatamente. E temos de estar cientes de que a vigilância e a consciencialização começam a uma pequena escala.

A consciencialização inclui examinarmo-nos a nós próprios.

A consciencialização inclui a denúncia em caso de discriminação.

E a consciencialização inclui pôr em causa privilégios que damos por garantidos, quando é tudo o contrário.

O lema da nossa União Europeia é: «Unidos na diversidade». A nossa tarefa é respeitar estas palavras e cumprir o seu significado. É por isso que aguardo com expectativa ouvir o que têm a dizer. Por uma Europa melhor.

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