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Relatório de 2020 sobre a Economia Azul: setores «azuis» contribuem para recuperação e abrem caminho para Pacto Ecológico Europeu

«As energias renováveis marítimas, os alimentos provenientes do mar, o turismo costeiro e marítimo sustentável, a bioeconomia azul e muitas outras atividades que constituem a economia azul ajudar-nos-ão a sair desta crise mais fortes, mais saudáveis, mais resilientes e mais sustentáveis. Estamos a fazer tudo o que é possível para atenuar o impacto do confinamento e proteger os empregos na economia azul e o bem-estar das nossas comunidades costeiras sem abdicar das nossas ambições ambientais», declarou o comissário europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevičius.

A comissária da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, responsável pelo Centro Comum de Investigação (JRC), Mariya Gabriel, afirmou: «Através da Estratégia Crescimento Azul da União Europeia, continuamos a apoiar o crescimento sustentável nos setores marinho e marítimo. A investigação e a inovação são pilares fundamentais desta resposta da Europa. Garantiremos que a investigação, a inovação e a educação contribuam para a transição para a economia azul europeia. O relatório de hoje inscreve-se neste apoio científico, dando indicações valiosas sobre os resultados económicos das atividades marinhas europeias e destacando os domínios de ação prioritária.»

Normalmente associado a atividades tradicionais como a pesca e o transporte, o meio marinho alberga um número cada vez maior de setores emergentes e inovadores, entre os quais o das energias marinhas renováveis. A UE, líder mundial em tecnologia da energia oceânica, está no bom caminho para produzir até 35 % da sua eletricidade a partir de fontes ao largo até 2050.

Pela primeira vez, o relatório aborda pormenorizadamente a dimensão ambiental da economia azul, contribuindo assim também para alcançar os objetivos ambientais. Com uma redução de 29 % das emissões de CO2 por unidade de valor acrescentado bruto entre 2009 e 2017, o crescimento das pescas e da aquicultura está completamente dissociado da produção de gases com efeito de estufa. O relatório salienta ainda a correlação entre a pesca sustentável e os resultados económicos positivos.

O processo de ecologização está em curso também noutros setores. O setor do transporte marítimo, impelido pela introdução do limite máximo de teor de enxofre por parte da Organização Marítima Internacional para 2020, orienta-se cada vez mais para a procura de fontes de energia com menor intensidade de carbono. Além disso, uma rede de «portos verdes» está a reduzir a pegada ecológica destas plataformas economicamente importantes que ligam oceanos e continente.

O relatório analisa igualmente o valor económico de vários serviços ecossistémicos prestados pelo oceano, incluindo os habitats para a vida marinha, o sequestro de carbono e os processos que influenciam as alterações climáticas e a biodiversidade.

Empregos «azuis»

Com 5 milhões de pessoas empregadas em 2018, a economia azul da UE registou um aumento do número de postos de trabalho de 11,6 % relativamente ao ano anterior. Na base deste crescimento está, sobretudo, o setor do turismo costeiro. No setor da energia eólica ao largo, o número de postos de trabalho foi multiplicado por nove em menos de dez anos.

Os números supra mostram que a economia azul da UE ultrapassou o impacto devastador da crise económica e financeira de 2008. Face às repercussões da atual crise ligada ao surto de coronavírus em todos os setores económicos, incluindo na economia azul, a Comissão Europeia adotou rapidamente medidas firmes para proteger a economia da UE, incluindo os vários setores da economia azul.

Contexto

A UE apoia a economia azul através de vários instrumentos. O Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos investiu mais de 1,4 mil milhões de euros em projetos de energia eólica ao largo e ofereceu um apoio substancial a outros setores da economia azul, como o desenvolvimento portuário e o transporte marítimo limpo.

Através da plataforma BlueInvest da Comissão Europeia e do Fundo Europeu de Investimento, foram concedidas subvenções no montante de 22 milhões de euros em 2019 e de 20 milhões de euros em 2020 para novos empresários inovadores que se lançam na economia azul. Refira-se ainda a criação do novo Fundo BlueInvest em 2020. Por outro lado, o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento financia uma série de projetos da economia azul.

Para mais informações

Relatório sobre a Economia Azul

Painel em linha dos indicadores da economia azul

Comissão Europeia — Assuntos marítimos — Economia azul

BlueInvest

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«As energias renováveis marítimas, os alimentos provenientes do mar, o turismo costeiro e marítimo sustentável, a bioeconomia azul e muitas outras atividades que constituem a economia azul ajudar-nos-ão a sair desta crise mais fortes, mais saudáveis, mais resilientes e mais sustentáveis. Estamos a fazer tudo o que é possível para atenuar o impacto do confinamento e proteger os empregos na economia azul e o bem-estar das nossas comunidades costeiras sem abdicar das nossas ambições ambientais», declarou o comissário europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevičius.

A comissária da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, responsável pelo Centro Comum de Investigação (JRC), Mariya Gabriel, afirmou: «Através da Estratégia Crescimento Azul da União Europeia, continuamos a apoiar o crescimento sustentável nos setores marinho e marítimo. A investigação e a inovação são pilares fundamentais desta resposta da Europa. Garantiremos que a investigação, a inovação e a educação contribuam para a transição para a economia azul europeia. O relatório de hoje inscreve-se neste apoio científico, dando indicações valiosas sobre os resultados económicos das atividades marinhas europeias e destacando os domínios de ação prioritária.»

Normalmente associado a atividades tradicionais como a pesca e o transporte, o meio marinho alberga um número cada vez maior de setores emergentes e inovadores, entre os quais o das energias marinhas renováveis. A UE, líder mundial em tecnologia da energia oceânica, está no bom caminho para produzir até 35 % da sua eletricidade a partir de fontes ao largo até 2050.

Pela primeira vez, o relatório aborda pormenorizadamente a dimensão ambiental da economia azul, contribuindo assim também para alcançar os objetivos ambientais. Com uma redução de 29 % das emissões de CO2 por unidade de valor acrescentado bruto entre 2009 e 2017, o crescimento das pescas e da aquicultura está completamente dissociado da produção de gases com efeito de estufa. O relatório salienta ainda a correlação entre a pesca sustentável e os resultados económicos positivos.

O processo de ecologização está em curso também noutros setores. O setor do transporte marítimo, impelido pela introdução do limite máximo de teor de enxofre por parte da Organização Marítima Internacional para 2020, orienta-se cada vez mais para a procura de fontes de energia com menor intensidade de carbono. Além disso, uma rede de «portos verdes» está a reduzir a pegada ecológica destas plataformas economicamente importantes que ligam oceanos e continente.

O relatório analisa igualmente o valor económico de vários serviços ecossistémicos prestados pelo oceano, incluindo os habitats para a vida marinha, o sequestro de carbono e os processos que influenciam as alterações climáticas e a biodiversidade.

Empregos «azuis»

Com 5 milhões de pessoas empregadas em 2018, a economia azul da UE registou um aumento do número de postos de trabalho de 11,6 % relativamente ao ano anterior. Na base deste crescimento está, sobretudo, o setor do turismo costeiro. No setor da energia eólica ao largo, o número de postos de trabalho foi multiplicado por nove em menos de dez anos.

Os números supra mostram que a economia azul da UE ultrapassou o impacto devastador da crise económica e financeira de 2008. Face às repercussões da atual crise ligada ao surto de coronavírus em todos os setores económicos, incluindo na economia azul, a Comissão Europeia adotou rapidamente medidas firmes para proteger a economia da UE, incluindo os vários setores da economia azul.

Contexto

A UE apoia a economia azul através de vários instrumentos. O Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos investiu mais de 1,4 mil milhões de euros em projetos de energia eólica ao largo e ofereceu um apoio substancial a outros setores da economia azul, como o desenvolvimento portuário e o transporte marítimo limpo.

Através da plataforma BlueInvest da Comissão Europeia e do Fundo Europeu de Investimento, foram concedidas subvenções no montante de 22 milhões de euros em 2019 e de 20 milhões de euros em 2020 para novos empresários inovadores que se lançam na economia azul. Refira-se ainda a criação do novo Fundo BlueInvest em 2020. Por outro lado, o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento financia uma série de projetos da economia azul.

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